Difícil, hoje em dia, pensar em não ter pressa; no fundo, no fundo, o que a gente queria mesmo era poder acelerar o filme da nossa vida. Mas você pensaria mesmo em acelerar um filme de que está gostando, pra chegar mais depressa ao final? Ou em ouvir em alta velocidade as músicas de que gosta, pra poder ouvir mais e mais?
Provavelmente, não. Todos sabemos que isso distorceria a música, transformaria em puro ruído o som e a melodia que, de outra forma, nos teriam encantado. E o filme visto às pressas, aceleradamente, perderia todo o sentido. Tomaria pouco do nosso tempo, é verdade, mas seria tempo perdido.
No entanto, é isso que fazemos com o filme da nossa vida, com a melodia da nossa existência. Ao invés de desfrutar o que ela nos traz, saltitamos de um desejo pra outro, de uma satisfação pra outra, de uma frustração pra outra. Que tal ajustar o ritmo, e dar a cada momento o seu tempo de acontecer?
コメント