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Psicólogo Humberto de Almeida

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Foto de Cristina Raposo

Eu sou o psicólogo Humberto de Almeida, e esse é o blog Além das Palavras.

Antes de ser psicólogo, trabalhei em chão de fábrica sonhando fazer poesia. Escrevi muita poesia sonhando com o chão da fábrica. Ganhei a vida como publicitário, sempre lutando com as palavras, sempre brincando com elas. Quando o jogo parecia definido – o jogo da vida – dobrei o lance e comecei de novo, dessa vez como psicólogo. É assim que eu me encontro hoje, à espera do nosso encontro, de onde quer que você esteja. 

 

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Foto do escritor: Humberto de AlmeidaHumberto de Almeida


Você já se deu conta de quantas artes e ofícios humanos têm as palavras como a principal, ou mesmo a única ferramenta? O direito, a poesia, a política, a educação, a psicologia – cada uma se vale das palavras à sua maneira. Palavras que vão além das palavras.


Na verdade, toda arte é um jeito de ir além daquilo para o que as coisas aparentemente foram feitas. Na dança, o corpo vai além do corpo. Na música, o som vai além do som. Na pintura, a cor vai além da cor. Na poesia, as palavras vão além das palavras.


É aqui que a psicologia pede carona. Porque, como a poesia, também se vale das palavras para expressar mais do que as palavras expressam. Para descobrir e revelar as dores e as alegrias da alma . Essa é a proposta do nosso trabalho: integrar essas duas artes da alma, a psicologia e a poesia.

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Foto do escritor: Humberto de AlmeidaHumberto de Almeida

Difícil, hoje em dia, pensar em não ter pressa; no fundo, no fundo, o que a gente queria mesmo era poder acelerar o filme da nossa vida. Mas você pensaria mesmo em acelerar um filme de que está gostando, pra chegar mais depressa ao final? Ou em ouvir em alta velocidade as músicas de que gosta, pra poder ouvir mais e mais?


Provavelmente, não. Todos sabemos que isso distorceria a música, transformaria em puro ruído o som e a melodia que, de outra forma, nos teriam encantado. E o filme visto às pressas, aceleradamente, perderia todo o sentido. Tomaria pouco do nosso tempo, é verdade, mas seria tempo perdido.


No entanto, é isso que fazemos com o filme da nossa vida, com a melodia da nossa existência. Ao invés de desfrutar o que ela nos traz, saltitamos de um desejo pra outro, de uma satisfação pra outra, de uma frustração pra outra. Que tal ajustar o ritmo, e dar a cada momento o seu tempo de acontecer? 

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Foto do escritor: Humberto de AlmeidaHumberto de Almeida


É tentador pensar que sim: que a ansiedade é o resultado previsível do excesso de estímulos de e demandas da vida atual. Mas é possível imaginar também que cada época tenha a sua ansiedade: os conflitos, as doenças e a luta pela subsistência não são exclusividade do nosso tempo. É provável que nossos antepassados caçadores-coletores também se sentissem ansiosos com a perspectiva de não encontrar alimento, de serem atacados por animais selvagens ou tribos inimigas.

O ruído de fundo do nosso dia a dia

O fato é que, em menor ou maior grau que na média histórica, a ansiedade está presente em cada momento do nosso dia. Frequentemente como um ruído de fundo, a sugerir que algo importante está sendo esquecido, que estamos atrasados nas nossas tarefas, que algum incidente indesejado nos espera adiante. O resultado é uma tensão insidiosa, que chega a ser física, um desconforto emocional que, conforme sua intensidade, pode se tornar incapacitante e exigir cuidados clínicos.

A boa e a má ansiedade

Assim como o medo, a ansiedade é uma emoção adaptativa, que serve para nos manter em estado de alerta e estimular nossa atividade. A diferença entre a “boa” e a “má” ansiedade, portanto, não é qualitativa, e sim quantitativa. É o nível da ansiedade que faz a diferença: quanto muito baixo, ficamos apáticos e sem energia; quando muito alto, encontramos dificuldade, ou nos vemos mesmo impossibilitados de lidar com a nossa vida. Como tudo no mundo, também para a ansiedade há uma justa medida.

Carnaval, futebol... e ansiedade

Os dados não são tão recentes, mas não há razão para crer que a ansiedade do brasileiro tenha diminuído nos últimos anos: um estudo da Organização Mundial da Saúde, publicado em 2017 no site GaúchaZH, informa que 9,3% dos brasileiros sofre algum tipo de transtorno de ansiedade – quase o triplo da média mundial. Um golpe na nossa autoimagem de povo alegre, festeiro e cordial. E um lembrete de que o problema merece atenção.

O que fazer com ela? E o que fazer sem ela?

A ansiedade se desenvolve em forma de curva, desde muito baixa, que também é negativa para o nosso desempenho, até excessivamente alta e incapacitante. O equilíbrio está logo antes do ponto mais elevado, quando nos encontramos no estado ideal de alerta e produtividade. E o que podemos fazer para chegar a esse ponto, e nos mantermos assim?


Um bom começo é tentarmos nos colocar no aqui agora, nos desligarmos dos traumas sofridos e dos sofrimentos antecipados. Expressar a ansiedade, seja falando com um amigo, seja escrevendo, é valioso para controlar a ansiedade. Bons hábitos de vida também fazem a diferença: alimentação equilibrada, atividade física, horas suficientes de sono, atenção à respiração.

Excesso de passado ou excesso de futuro

Convém lembrar que ansiedade e depressão estão muito ligadas, e que uma pode levar à outra. Ambas são manifestações de nossa dificuldade existencial de nos colocarmos serenamente no momento vivido. A depressão seria o excesso de passado, expresso em reminiscências dolorosas; e ansiedade seria o excesso de futuro, expresso em antecipações ameaçadoras.

Quando devo procurar ajuda?

Freud dizia que uma pessoa emocionalmente saudável é aquela capaz de amar e de trabalhar. Essa fórmula simples nos dá uma ideia de quando a ansiedade se torna um transtorno emocional: quando interfere na nossa capacidade de manter uma vida produtiva e relações afetivas satisfatórias. Se você está chegando a esse ponto, procure ajuda: a psicoterapia e os tratamentos medicamentosos costumam ser eficientes no controle da ansiedade.

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